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Como aproveitar ao máximo seu papel como mãe empreendedora

Mães por todo o País têm buscado uma forma de rentabilidade financeira e conciliação com a vida materna. E muitas delas conseguem

Em linha gerais, empoderamento é um movimento de emancipação individual, com o objetivo em conquistar o domínio sobre a própria vida. Nos últimos anos, este termo tem sido acompanhando amplamente, e sobretudo, ao público feminino, que ainda trava uma grande batalha no seu posicionamento, especialmente, no âmbito profissional.

Foi-se o tempo que a mulher era vista como submissa ao homem, ficando em casa, cuidando dos filhos e dos afazeres domésticos. É bem verdade que esta realidade, em partes, não mudou, afinal, a mulher ainda, sim, é o alicerce doméstico e dos filhos. Contudo, com outra postura e visão sobre a própria vida, muitas delas tem conquistado igualdade, na qual seus maridos auxiliam com todas as atribuições entre lar e filhos.

Mas, neste mesmo caminho, estão aquelas mulheres que são solteiras e criam seus filhos sozinhas. Estas mães precisam matar mais do que um leão por dia, afinal, trabalhar e cuidar dos filhos parece uma tarefa quase que impossível. Mas, com tantas qualidade e habilidades, obviamente que para elas, sempre há uma solução para resolver qualquer problema.

Mães inspiradoras e empreendedoras

Existem muitas mães, casadas e solteiras, que empreendem por necessidade ou, até mesmo, por prazer.

Cintia Lopes de Almeida, 38, de Taguatinga (DF), é uma destas mulheres que chegaram ao empreendedorismo por vontade de ter o seu próprio negócio. Mãe de cinco filhos e casada, ela começou a empreender no mundo do Franchising, investindo na rede Frida Underwear, franquia de lingeries exclusivas com foco na diversidade de corpos, sempre teve como base de seu negócio fortalecer as tantas habilidades e qualidades da mulher.

“Eu sou empreendedora desde que me conheço, eu amo empreender. Amo conhecer pessoas e ver a felicidade do outro em conquistar os seus objetivos. Tudo começou há alguns anos com a revenda de produtos de uma revistinha de catálogos. Eu ganhava brindes da revista e sorteava para os clientes, sendo que uma vez eu utilizei uma jarra de suco e oferecia um refresco para os clientes, pois já viam um dos produtos que eu vendia”, relembra.

Sobre sua atual empresa, em que ela se tornou franqueada há dois anos, Cíntia comentou que escolheu a Frida pela forma como a marca se apresenta ao mercado e acolhe as mulheres no mercado.

 “Quando eu conheci e vi a Frida, me chamou a atenção que as modelos eram pessoas reais, com suas distinções de corpos. Fiquei entusiasmada e fui buscar mais sobre a empresa, que, para mim, não é mais que um negócio, é uma pessoa que te convida para conversar, te recepciona, te trata com carinho. Ela não deixa a mulher escrava da mídia, do photoshop, ou das mesas de cirurgia para serem felizes, estimulando as mulheres a sentir desejo próprio”, revela a franqueada.

Hoje, o faturamento de Cíntia, vendendo em média duas lingeries por semana, chega na casa dos R$ 14 mil. “Eu quero ampliar a marca por aqui. Quando meus projetos de expansão estiverem encaminhados, prevejo faturar R$ 15 mil por semana”, complementa.

A carioca Aline Kaneco, 53 anos, é mãe de dois filhos, um de 17 e outro de 13, o segundo com Síndrome de Down, começou a empreender por acreditar que ter o seu próprio negócio é libertador.

“Para mim, empreender sempre é sinônimo de liberdade. Quando você empreende em lago, você realiza sonhos; se torna uma pessoa melhor, por ter que suportar as diversidades do mundo; desenvolver uma inteligência emocional absurda e tudo isso te torna um ser humano melhor”, atesta Aline.

Ela também é franqueada da Frida, marca que escolheu há nove meses pelos propósitos serem parecidos.

“A Frida é um ponto fora da curva, pois não vende somente lingeries e biquinis, mas vende um propósito e minha vida sempre foi baseada em propósitos. A empresa representa a concretização de tudo o que sempre acreditei: na minha força, na minha energia e na minha fé”, diz.

Aline afirma que não há receita de bolo para conciliar a vida materna e empreendedora. “Se alguém achar esta resposta, compartilhe comigo. Não existe uma receita. Nós vamos vivendo um dia de cada vez e uma dica que eu posso oferecer é que, mesmo que sejam poucas horas no dia, é preciso ter dedicação aos filhos. Quando estou com os meus, eu esqueço de tudo e me dedico exclusivamente para eles”, orienta.

A mãe solo, que se casou em 2022, conta que não há arrependimentos sobre cuidar dos filhos sozinha. “O pai do meu filho com Síndrome de Down não aceitou a situação e nos abandonou. Eu, a cada dia, aprendo com meus erros e não me julgar, e nem julgar o outro, é o que internalizo. Cada um tem o seu caminho a seguir e o meu é esse. Meu filho mais velho, que fazer 18 anos, é um futuro médico; já o outro, com 13, é cheio de vida e de alegria, que me ajuda todos os dias a respirar fundo e acreditar que o amanhã será sempre melhor que hoje. Mãe solo não é um bicho de sete cabeças e não é para sofrer”, ressalta Aline.